Reparations, Baby!

O conquistador escreve a História. Eles vieram, dominaram e escreveram. Não se espera que as pessoas que vieram para nos invadir escrevam a verdade sobre nós. (Miriam Makeba) É noite de estreia de um novo concurso de televisão. Três concorrentes adivinham as perguntas para as respostas que aparecem num placard luminoso, um pouco ao estilo de “Jeopardy!”, mas para um público mais abrangente. E por mais abrangente, entenda-se menos branco, pois trata-se do primeiro “game show” português em que apenas participam concorrentes negros. A polémica instalou-se assim que o programa foi anunciado, mas os milhões de lembretes de gravação nas boxes da lusofonia fazem antever um sucesso de audiência. Entre segmentos de teoria anti-racista, cultura pop lusoafricana e trivia colonial, nasce “Reparations Baby!”, um programa que pretende revolucionar o prime “time português”. Este espetáculo responde ao convite do Teatro Nacional D. Maria II feito ao ator e encenador Marco Mendonça, para ensaiar respostas ao tema da sustentabilidade da criação teatral. Os recursos disponibilizados – desde o cenário aos figurinos – terão a preocupação da redução da pegada ambiental. “Reparations Baby!” é um apelo à consciência crítica dos espectadores, através das temáticas que representa e do seu comprometimento com um mundo mais sustentável, social e ambientalmente. Este espetáculo dispõe de acessibilidade, Língua Gestual Portuguesa (LGP) e Audiodescrição (AD).

Ficha Artística

Texto e direção: Marco Mendonça | Interpretação: Ana Tang, Bernardo de Lacerda, Danilo da Matta, June João, Márcia Mendonça, Stela, Vera Cruz | Cenografia: Pedro Azevedo | Figurinos: Aldina Jesus, Pedro Azevedo | Desenho de luz: Teresa Antunes | Desenho de som, sonoplastia e música original: Mestre André | Vídeo: Heverton Harieno | Apoio à criação: Bruno Huca | Produção: Teatro Nacional D. Maria II

Reparations, Baby! is an appeal to spectators' critical awareness, through the themes it represents and its commitment to a more socially and environmentally sustainable world.